terça-feira, julho 18, 2006

Factor Kinas

E se Portugal tivesse mesmo vencido o Mundial?

Chegou a faltar mais.
Apesar de ter sido um dos mais fervorosos apoiantes da Selecção que manteve a lucidez, pensei várias vezes nos defeitos que me pareceu ver na equipa das quinas, e que podiam ter feito naufragar a nau das nossas expectativas mais cedo...

Em primeiro e por último, tal é a importância deste factor, está esse Adamastor que é a Mentalidade de Campeão. Só aqueles que apresentam uma mentalidade vencedora, podem chegar à meta final e ultrapassá-la em triunfo. Exemplo disto, é por exemplo o Special One, José Mourinho.

Mas temos Campeões nas fileiras, oiço afirmar – sim, mas poucos o são de coração e mente.
Qualidade nem sempre chega; Determinação, Crença e Esforço quase sobrenatural, são fundamentais, diria mesmo que compõem 90% da chave do sucesso. Os restantes 10 % divido-os entre Talento e Sorte. Exemplo disto, é por exemplo, e custa-me dize-lo, a Grécia

Não despiciendo, é também algum Bom Senso – por exemplo, já ajudava bastante, se não desperdiçassem tantos passes, caíssem em tantos fora-de-jogo, recuassem e defendessem tão perto da própria área, não hesitassem tanto na hora do remate, nem chutassem tanto à figura… acho que não me esqueci de nenhuma. Mind you, tudo isto são erros próprios, que só beneficiam o adversário.
Rectificando, pelo menos, alguns destes pontos, acho que chegamos lá.
O resto, é com a Nossa Sra. do Caravaggio...

Agora passa para cá a taça, que eu também não trabalho de graça…

sábado, julho 15, 2006

Jogo de Cabeça

Abdiquei de comentar aqui o Mundial, porque abri um espaço próprio para esse efeito em http://portugalwoldcupwinner2006.blogspot.com/ em Inglês, para que (quase) todos o compreendessem.
É capaz de ter sido o mundial de futebol mais violento de sempre.
Entre cotovelos marotos, pisadelas de escroto e lançamentos de Deco á distancia, há uma agressão que se destaca, não só por ter sido no jogo da Final, mas pela qualidade técnica e grande colocação - a Cabezidanada-mor, uma marrada de antologia.
Uma cabezinedinada que podia ter magoado a sério o Italiano, pois o rapaz podia ter morrido.

Passada a fase das consequências – o Francês foi expulso, a Itália venceu – o apuramento das responsabilidades, decorre ainda.
Pergunta-se e bem, o que é que leva alguém, a cerca de 10 minutos do fim do prolongamento de uma Final do Mundial, no derradeiro jogo da carreira, a poucos minutos da despedida, sob o olhar de todo o mundo, com a Taça à vista – a ter uma reacção tão inexplicável?

Diga-se o que se disser, do meu ponto de vista não há nada que o justifique.
Provocação que fosse, não há palavras que mereçam tal resposta, naquele cenário. Palavras respondem-se com palavras, ainda para mais, logo à primeira provocação - não se pode dizer que essa já durava à alguns anos ou que andavam “às turras” desde o inicio do jogo; não, não devem ter passado mais de 10 segundos desde que os dois trocaram “palavras” até o Italiano estar de espaldas no chão.

Qual é a explicação então, para um homem deitar tudo a perder, num momento em que há tudo a ganhar?
Na minha óptica de quem nunca ganhou nada, só um homem que já ganhou bastante se pode dar ao luxo de perder mais um prémio.
Naquele momento, o pensamento sobre si mesmo foi mais forte do que sobre o colectivo. Ou, simplesmente não pensou.
Usou a cabeça, mas não como devia.
O que e certo, é que não foi a primeira e única vez que Zidane foi expulso por agressão…

O código de Honra Siciliano ensina que a retribuição, tem o seu momento – há que saber encontrá-lo.
Por exemplo, se tem aguardado até ao final, e se a Franca tem vencido, aí, já munido com a Taça (que mais parece uma maça) era dirigir-se ao Materazzi, e sob o pretexto de lhe mostrar o troféu, então dar-lhe o prémio…