E quem fala assim, como o Sr. Treinador dos Sub-21, durante mais um Europeu para não recordar (mas definitivamente para aprender), fala demais.
Não sou adepto de descarregar no treinador, ou na esposa, as frustrações das derrotas; nem me parece correcto procurar bolas expiatórias… tanto ou tão-pouco, que desejei ainda mais que Portugal saísse vencedor, para que este pequeno lançamento de linha lateral não pudesse ser confundido com uma lamentação fora-de-jogo. Porém, os lances em análise são em forma de pontapé-de-bicicleta, fazendo o balanço da participação Portuguesa, na minha óptica e de graça.
É fácil dizer isto no fim, mas nunca compreendi o porquê do Sr. Couceiro ter chegado à Selecção dos Sub-21 – com o devido respeito – e quer me parecer que houve outras pessoas a indagar o mesmo. É talvez uma questão de perfil. Acho que se tivéssemos que fazer uma lista, o nome do sr. nem viria no fim da página…
Por isso, tirando o facto de o Sr. treinador ter passado o tempo a “chutar para canto”, não chamando a si as responsabilidades que alguém lhe deu e que são inerentes ao cargo, por isso, se houver uma lição a aprender para o próximo campeonato, que comece no pico da responsabilidade, na direcção, que nomeia treinadores temerosos, que em vez de assumir o “jogo” e assumir as responsabilidades, simula faltas e lesões, fazendo-se ao pénaltie, quando podia fazer golo… cartão vermelho, directo, pare este Sr., e duplo amarelo em trivela para a Federação…
Em relação aos jovens jogadores, têm muito que aprender, também, embora não sejam totalmente responsáveis por não terem mostrado mais coragem…
Parece-me sempre que, jogadores que representam o País, deveriam demonstrar muito mais paixão; mas (com algumas excepções, facilmente identificáveis), acabam por jogar da mesma maneira trivial, ou menos ainda do que nos clubes.
Ainda trago na memória os jogadores Italianos a cantar o hino, durante o Alemanha 2006 (que viriam a conquistar), com os músculos da garganta a vibrar a cada grito com que saudavam o seu hino, visivelmente emocionados…
No geral, foram jogadores pouco temerários, penso, porque a táctica era medrosa, mais do que cautelosa. Notou-se principalmente no primeiro e no derradeiro jogo (dois empates e eliminação olímpica nas grandes penalidades). Faltou confiança, foi notória a falta de mecanismos, e deram razão ao treinador da Holanda – bons jogadores individualmente, mas não verdadeiramente uma equipa.
Falharam demasiados passes por displicência e lateralisaram e atrasaram a bola em demasia, recuando consecutivamente, sem necessidade. Perderam frequentemente a bola em jogadas inconsequentes, por não jogarem mais objectivamente e em apoio, revelando muita dificuldade em recuperar a posse da bola, essencialmente por não se posicionarem bem no terreno ou por ficarem na expectativa, além de recuarem demasiado e não aplicarem pressão nos adversários. Por sua vez, muito pressionados por jogadores rápidos (Bélgica e Holanda), que chegavam cada 9 em 10 vezes primeiro à bola, os jogadores do meio-campo perdiam a maioria dos duelos com os adversários. A diferença de velocidade, especialmente nos dois primeiros jogos, foi confrangedora... infelizmente, as equipas Portuguesas não sabem ou não estão talhadas para o contra-ataque veloz.
Finalmente, e isto não pode ser assacado às más arbitragens, a falta de finalização e o desperdício das poucas oportunidades construídas (os remates desenquadrados com a baliza pecaram largamento por excesso) foram o apito final para a Selecção Portuguesa. Ainda que, em alguns momentos, possam ter sido realmente prejudicados por arbitragens desastradas, a verdade é que não existiu a maturidade e o espírito de luta contra a adversidade, que era necessário para saírem como “vencedores”. Ainda assim, há esperança, se estes jovens “esperanças” aprenderem com os erros que cometeram nesta competição. E se a Federação compreender que treinador da Selecção nacional, para ter sucesso, têm que ter BIGODE...