É capaz de ter sido o mundial de futebol mais violento de sempre.
Entre cotovelos marotos, pisadelas de escroto e lançamentos de Deco á distancia, há uma agressão que se destaca, não só por ter sido no jogo da Final, mas pela qualidade técnica e grande colocação - a Cabezidanada-mor, uma marrada de antologia.
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Passada a fase das consequências – o Francês foi expulso, a Itália venceu – o apuramento das responsabilidades, decorre ainda.
Pergunta-se e bem, o que é que leva alguém, a cerca de 10 minutos do fim do prolongamento de uma Final do Mundial, no derradeiro jogo da carreira, a poucos minutos da despedida, sob o olhar de todo o mundo, com a Taça à vista – a ter uma reacção tão inexplicável?
Diga-se o que se disser, do meu ponto de vista não há nada que o justifique.
Provocação que fosse, não há palavras que mereçam tal resposta, naquele cenário. Palavras respondem-se com palavras, ainda para mais, logo à primeira provocação - não se pode dizer que essa já durava à alguns anos ou que andavam “às turras” desde o inicio do jogo; não, não devem ter passado mais de 10 segundos desde que os dois trocaram “palavras” até o Italiano estar de espaldas no chão.
Qual é a explicação então, para um homem deitar tudo a perder, num momento em que há tudo a ganhar?
Na minha óptica de quem nunca ganhou nada, só um homem que já ganhou bastante se pode dar ao luxo de perder mais um prémio.
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Naquele momento, o pensamento sobre si mesmo foi mais forte do que sobre o colectivo. Ou, simplesmente não pensou.
Usou a cabeça, mas não como devia.
O que e certo, é que não foi a primeira e única vez que Zidane foi expulso por agressão…
O código de Honra Siciliano ensina que a retribuição, tem o seu momento – há que saber encontrá-lo.
Por exemplo, se tem aguardado até ao final, e se a Franca tem vencido, aí, já munido com a Taça (que mais parece uma maça) era dirigir-se ao Materazzi, e sob o pretexto de lhe mostrar o troféu, então dar-lhe o prémio…
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