domingo, fevereiro 28, 2010

Y VIVA ESPAÑA



Porque é que não temos mais disto cá?
Porque é que os Jornalistas em Portugal e no Reino Unido rastejam atrás dos McCanns como baratas acéfalas?
Porque é que não são capazes de fazerem uma cobertura isenta e objectiva?
Porque é que os Espanhóis parecem ter mais cojones?

Mais Português do que eu não deve haver muito, mas às vezes dá vontade de emigrar para Espanha.

Parabéns ao Dr. Paulo Sargento.
Gracias a Mercedes e al Canal Cuatro.

sábado, fevereiro 20, 2010

Portugal Proíbe Livros

“Este povo é ignorante é indolente, avesso a pensar e a proceder…"
                                                                   circa 1908, Basílio Teles, As Ditaduras


Pouco mudou, muito infelizmente.
De facto, os políticos que temos são os que merecemos.
E a Justiça, ou a falta dela, também.

Todo o país assobia para o lado ou fala entre dentes, mas não é capaz de levantar um dedo.
Um dos poucos exemplos de coragem e de inconformismo, é nos dado por Gonçalo Amaral, um homem que tem ousado enfrentar e questionar as conveniências dos poderosos, e por isso, sofrido as consequentes represálias dos que podem usar o sistema contra quem efectivamente o suporta.

Como explicar a decisão desta Juiza do Tribunal de Lisboa, dia 18 de Fevereiro?
Como explicar o facto dela ter ignorado o testemunho contundente de Moita Flores? E o de todas as outras testemunhas, na sua maioria, balizadas no trabalho realizado em 2007 pela Polícia Britânica e pela PJ, em conjunto?
Sim, porque quem compreender Inglês e quiser ver por si, pode seguir o que foi dito em tribunal aqui.
Do ponto de vista de um leigo, os argumentos da Juíza Maria Gabriela para fundamentar a sua decisão, com todo o respeito, são incompreensíveis.

Quando está em causa a Liberdade de Expressão, versus o direito individual de alguém que tem tanta credibilidade como o oponente - ao menos isso ficou claro nas Audiências - é indispensável que o fundamento da decisão seja realmente um argumento de peso. Diria mesmo, um fundamento de força maior ou de 'salva-pátria'... caso contrário, é o completo descrédito da Justiça.

Confirma-se assim, a proibição de um livro e a inibição da opinião de um cidadão, em nome de quê? Da opinião de um casal, no mínimo, suspeito de deixar menores sozinhos, noite após noite, de contradições nos depoimentos e de falta de cooperação com as autoridades? Já para não falar da falta de respeito e arrogância que sempre demonstraram para com Portugal e os Portugueses? Please!...

Ou em nome da opinião pessoal da Drªa Maria Gabriela Rodrigues, que acha que um ex-polícia não pode escrever sobre um caso onde participou e foi praticamente crucificado? Saberá a Drª quantos ex-policias Americanos e Britânicos se tornaram conhecidíssimos autores publicados internacionalmente?

Por falar em Americanos, convinha lembrar que a Juiza Maria Gabriela Rodrigues nunca poderia ter proferido semelhante decisão nos EUA, porque eles têm uma coisa gravada a ouro que aqui, se existe de todo, está coberta de ferrugem: a 1ª Emenda.

Se tanto, a ser provado difamatório, o autor pagaria uma multa/indemnização ao 'ofendido', mas NUNCA haveria lugar a PROIBÍÇÃO, APREENSÃO e DESTRUIÇÃO de OBRAS - para mais, quando baseadas em documentos oficiais e quando existem outras obras semelhantes, por ex. "A Culpa do McCann"...
Será por "A Verdade da Mentira" ter conseguido o que os outros livros não atingiram: uma enorme divulgação de factos suportados por inúmeros elementos credíveis da Polícia Portuguesa e Britânica?

Gonçalo Amaral não merece, todavia, a indiferença dos Portugueses.
Os Portugueses, no geral, também não merecem as ofensas proferidas pelos que, por xenofobia ou para desacreditar a capacidade dos Portugueses, se juntam ao coro dos McCann.

O Ultimatum de 1890 suscitou uma reacção exagerada, embora compreensivel.
Desde 2007 temos assistido a ultimatos atrás de ultimatos, cedências aos Britânicos, após cedências... até quando? Uma Reacção PRECISA-SE.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Lisbon Law



O contraste entre a educação e a calma de Gonçalo Amaral e do seu Advogado, com o nervosismo e a exaltação dos McCann e da sua Advogada, Isabel Duarte, faz adivinhar para onde inclina não só a verdade, mas também o veredicto final...
Não esquecer, que apesar da arengada de Isabel Duarte, o caso é sobre a Liberdade de Expressão de Gonçalo Amaral e da liberdade de cada qual ler e ver o que entender, sem constrangimentos de outrém.

sábado, fevereiro 13, 2010

Procura-se: Liberdade de Expressão



António Cabrita, Advogado de Gonçalo Amaral no Providência Cautelar que os McCann interpuseram contra o livro "A Verdade da Mentira" e o DVD com o mesmo título, do ex-inspector da PJ, responde às questões da Imprensa com a mesma tranquilidade que G.A. sempre demonstrou.

Em claro contraste, diga-se, com a arrogância e até histeria, quer do Casal Britânico, da sua Advogada e dos tablóides ...

Pena é que os manifestantes pela 'Liberdade de Expressão' que se reuniram no dia seguinte (11 de Fev.) à porta da A.R., não tenham arranjado tempo para manifestar a mesma solidariedade e preocupação à porta do tribunal onde se decide se um livro, um DVD e um cidadão deste país, pode circular livremente a sua opinião.
Pena é que a politiquice ainda reine em Portugal. Esperemos que não seja o caso na decisão final do Tribunal.

O Veredicto está marcado para dia 18 de Fev. às 10.30h.