sábado, junho 03, 2006

Doggy-dog day


E se… dia 6 do 6 de 2006 viesse a ser “Dia Nacional do Cão”?
Agradeço na mesma os aplausos, mas são imerecidos – esta sublime proposta não é de minha autoria, mas surge mais uma vez, dessa inesgotável fossa de matéria grassa e fecunda, que é o Parlamento nacional, sem o qual humoristas e outros artistas do escárnio e do riso, teriam de mendigar codias de pão rijo, por míngua de material e de inspiração.

A proposta, devidamente reportada na imprensa, surgiu por iniciativa de alguns membros de um dos maiores grupos parlamentares (facto irrelevante; mas para os mais curiosos, a inicial do nome do partido é P), tendo levantado caudas e uivos de surpresa em redor do canil de S. Bento, incluindo dos elementos da própria bancada, enquanto se desparasitavam.

A proposta, em si, é excelente; apenas acho que peca pela redundância de ser algo óbvio, que mais uma vez, não justifica o debate e o tempo dispendido na A.R, quando existem outros assuntos mais prementes a ser tratados – caso da carestia e crescente especulação no mercado de ossos com tutano, ou dos cartéis dos brinquedos que chiam, quando apertados.

A justificação apontada para a proposta, era reconhecer os serviços prestados pelos nossos melhores amigos de quatro patas, nomeadamente pela contribuição do seu faro na luta contra o narcotráfico, ou pelo seu papel como guias de pessoas inválidas.
Na minha opinião, faltava ainda reconhecer oficialmente esses esplêndidos animais, pelo seu maior feito, que como é sabido, consiste em conseguirem lamber os próprios genitais, quando não o seu próprio ânus!
Dado todos estes altos serviços prestados à nação, proponho antes que os deputados do Parlamento sejam substituídos por cachorros (Pinchers de preferência, devido ao seu Q.I.) e que se dobre a ração aos deputados canídeos que mais de destacarem na luta contra a corrupção, e contara esse flagelo público que é a urinacão das jantes dos carros!

Quem duvida que esta seria a melhor representação politica, no mundo cão em que vivemos?

Foi Bobby Snoopy Doberman quem melhor o disse:
“Cada cachorro tem a pulga que merece.”

Ou ainda, na sabedoria popular:
“Cão que alça a perna primeiro, tem o jacto mais certeiro”

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