sábado, julho 07, 2007

Maravilha...

Mais uma cerimónia deprimente dessa grande estaçãozinha local que é a TVI, a provar que deve deixar as cerimónias, já de si risíveis, para os profissionais.
De resto, a condução da cerimónia das ditas "Novas 7 Maravilhas" pelos pivots da TVI foi lamentável, com a habitual auto-promoção desavergonhada, comentários sem nexo, e o pior, alguém que acreditava seriamente que tinha um sotaque Anglo-americano irrepreensível, ali da zona de Algés e Dafundo, a fazer locução em Inglês
macarrónico… a esta hora, muitos estrangeiros ainda devem estar a perguntar-se (I wonder...), que raio seria “Zeus”, entre outras pronúncias insondáveis desse autêntico Lauro Dérmio…

Quanto às “maravilhas” em si, gostos não se discutem, já méritos é outra coisa, mas ao fim e ao cabo, estas eleições (como a dos Grandes Portugueses) traduzem-se mais por “show-off” do que por outro critério mais profundo. Sem discriminar, aceitam-se a maioria das “maravilhas” eleitas, embora para mim, as 7 maravilhas serão sempre as da antiguidade.

A eleição das 7 novas “maravilhas” valeu pelo menos, pela vaia monumental que as autoridades deste país desgovernado receberam…e pela maior maravilha nacional, sem dúvida – Marisa Cruz...

domingo, julho 01, 2007

Bees do it, Birds do it... wherever I go



Do Oeste (Peniche-Berlengas) Peninsular a Moscovo, pássaros saúdam a minha visita...

quinta-feira, junho 21, 2007

QUEM FALHA ASSIM, NÃO É GOLO

E quem fala assim, como o Sr. Treinador dos Sub-21, durante mais um Europeu para não recordar (mas definitivamente para aprender), fala demais.

Não sou adepto de descarregar no treinador, ou na esposa, as frustrações das derrotas; nem me parece correcto procurar bolas expiatórias… tanto ou tão-pouco, que desejei ainda mais que Portugal saísse vencedor, para que este pequeno lançamento de linha lateral não pudesse ser confundido com uma lamentação fora-de-jogo. Porém, os lances em análise são em forma de pontapé-de-bicicleta, fazendo o balanço da participação Portuguesa, na minha óptica e de graça.

É fácil dizer isto no fim, mas nunca compreendi o porquê do Sr. Couceiro ter chegado à Selecção dos Sub-21 – com o devido respeito – e quer me parecer que houve outras pessoas a indagar o mesmo. É talvez uma questão de perfil. Acho que se tivéssemos que fazer uma lista, o nome do sr. nem viria no fim da página…

Por isso, tirando o facto de o Sr. treinador ter passado o tempo a “chutar para canto”, não chamando a si as responsabilidades que alguém lhe deu e que são inerentes ao cargo, por isso, se houver uma lição a aprender para o próximo campeonato, que comece no pico da responsabilidade, na direcção, que nomeia treinadores temerosos, que em vez de assumir o “jogo” e assumir as responsabilidades, simula faltas e lesões, fazendo-se ao pénaltie, quando podia fazer golo… cartão vermelho, directo, pare este Sr., e duplo amarelo em trivela para a Federação…

Em relação aos jovens jogadores, têm muito que aprender, também, embora não sejam totalmente responsáveis por não terem mostrado mais coragem…

Parece-me sempre que, jogadores que representam o País, deveriam demonstrar muito mais paixão; mas (com algumas excepções, facilmente identificáveis), acabam por jogar da mesma maneira trivial, ou menos ainda do que nos clubes.
Ainda trago na memória os jogadores Italianos a cantar o hino, durante o Alemanha 2006 (que viriam a conquistar), com os músculos da garganta a vibrar a cada grito com que saudavam o seu hino, visivelmente emocionados…

Bem, agora, a Selecção vista do alto da bancada, pelo treinador de sofá:
No geral, foram jogadores pouco temerários, penso, porque a táctica era medrosa, mais do que cautelosa. Notou-se principalmente no primeiro e no derradeiro jogo (dois empates e eliminação olímpica nas grandes penalidades). Faltou confiança, foi notória a falta de mecanismos, e deram razão ao treinador da Holanda – bons jogadores individualmente, mas não verdadeiramente uma equipa.

Falharam demasiados passes por displicência e lateralisaram e atrasaram a bola em demasia, recuando consecutivamente, sem necessidade. Perderam frequentemente a bola em jogadas inconsequentes, por não jogarem mais objectivamente e em apoio, revelando muita dificuldade em recuperar a posse da bola, essencialmente por não se posicionarem bem no terreno ou por ficarem na expectativa, além de recuarem demasiado e não aplicarem pressão nos adversários. Por sua vez, muito pressionados por jogadores rápidos (Bélgica e Holanda), que chegavam cada 9 em 10 vezes primeiro à bola, os jogadores do meio-campo perdiam a maioria dos duelos com os adversários. A diferença de velocidade, especialmente nos dois primeiros jogos, foi confrangedora... infelizmente, as equipas Portuguesas não sabem ou não estão talhadas para o contra-ataque veloz.

Finalmente, e isto não pode ser assacado às más arbitragens, a falta de finalização e o desperdício das poucas oportunidades construídas (os remates desenquadrados com a baliza pecaram largamento por excesso) foram o apito final para a Selecção Portuguesa. Ainda que, em alguns momentos, possam ter sido realmente prejudicados por arbitragens desastradas, a verdade é que não existiu a maturidade e o espírito de luta contra a adversidade, que era necessário para saírem como “vencedores”. Ainda assim, há esperança, se estes jovens “esperanças” aprenderem com os erros que cometeram nesta competição. E se a Federação compreender que treinador da Selecção nacional, para ter sucesso, têm que ter BIGODE...

domingo, junho 10, 2007

Dia de Portugal e etc, etc.

Não tenho nada contra o 10 de Junho, até porque qualquer feriado que nos dê um dia de descanso, é um dia útil (estes sim, são dias úteis).
No entanto, um dia que se intitule "Dia de Portugal", merece e tem a obrigação de ser o "maior" e o melhor dia do Ano!

Para mim e para este blog, "Dia de Portugal" devia ser o dia da fundação de Portugal - que nem é feriado, nem é minimamente lembrado (salvo pelos monárquicos). É esse dia 1 de Portugal que eu afirmo poder ser apenas o maior feriado, o mais festejado - uma espécie de S. João do Porto e de Reveillon, em um- com desfiles maiores que os do Rio de Janeiro e paradas maiores que os da chegada do homem à Lua...


Infelizmente, este dia de "Portugal, de Camões e das Comunidades", da forma como é celebrado (com excepção das comunidades emigrantes), é apenas mais um feriado, vazio de significado e sem aproveitamento real.

As entediantes "cerimónias oficiais" são, invariavelmente, excelentes oportunidades de alhear todo o país das celebrações, com formalidades políticas que promovem apenas a vontade de festejar um sono prolongado de manhã de feriado. Mas isto não explicará, na totalidade, a quase absoluta inércia das pessoas durante os feriados mais simbólicos, em Portugal...
Ser tempo de praia também não o justifica, porque as festas populares de Verão são das mais concorridas. A ileteracia contribui com certeza, e é especialmente penalizante para o génio de Camões, mas não responde inteiramente pelo desinteresse colectivo por estas datas...


Assim, a única explicação que me parece mais óbvia, é o facto do povo Português já mal se saber divertir, por mal se lembrar do que é ter razões de festejo... a falta de auto-estima afecta com certeza toda e qualquer manifestação, seja em prol dos seu direitos, dos feriados ou contra as iniquidades que o povo sofre. Alguns (muitos, e cada vez mais), enquanto fazem as malas para ir engrossar as Comunidades Emigrantes, decerto até se perguntam se terá valido a pena, aquela "1ª tarde Portuguesa", há cerca de 900 anos... dúvida essa, que a distância e a saúdade acabaram por apagar, incentivando estes Portugueses da diáspora a viver cada dia como se fosse dia de Portugal e o 10 de Junho como o dia de Natal.

Talvez se pedirmos com jeitinho, Scolari é capaz de mostrar como se faz e animar por nós o feriado nacional...

quinta-feira, maio 24, 2007

OTAlibans de "Al-Margensul"

Os argumentos últimos pró-Ota, do ministro das Obras Públicas e do ex-presidente da A.R., Ali-meida Santos, revelaram mais do que uma teimosia insensata, revelaram uma imaginação delirante por parte desses senhores, que chega a ser quase anti-margem sul. Os dois devem ter atravessado, recentemente, este desolado deserto de "Al-Margensul", que parece transtornar sériamente os fiéis da Ota...
Todos os argumentos "contra" a localização do novo Aeroporto na Margem Sul, podem ser utilizados contra a localização na Ota (com exepção das dunas) - com agravantes para esta última, como por exemplo o custo muito mais elevado e a limitada possibilidade de expansão...
Mas a melhor (ou a pior) das últimas manifestações descabidas, foi o alucinante "argumento", quiçá convite, sobre o perigo terrorista que paira sobre as pontes, na opinião descabida do ex-presidente da A.R. - que nos fez a todos o favor de se reformar, antes que as suas miragens fizessem estrago.
Cabe, aqui e agora, uma correcção - numa peça da SIC, hoje, uma habitante do Oásis de Al-Poceirão, apelidou o ministro das O.P. de "burro"; epíteto incorrecto, porque como se sabe, a animalária que melhor simboliza o deserto, é o dromedário, conhecido vulgarmente e erróneamente como "camelo".

quarta-feira, abril 25, 2007

"Desenferrujar a Lingua"

"No seu livro, "Gifts of Unknown Things," o biólogo Lyall Watson descreve o seu encontro com uma mulher xamã indonésia que, realizando uma dança ritual, foi capaz de fazer um ramo inteiro de uma árvore desaparecer no ar. Watson relata que ele e outro atónito espectador continuaram a olhar para a mulher, e ela fez o ramo reaparecer, desaparecer novamente e assim por várias vezes".


Quando vejo coisas como estas, pergunto-me sempre porque é que uma camera de video nunca está presente, na ocorrência destes fenómenos. No entanto, por vezes está. Num documentário que vi há talvez 15 anos na RTP, um outro xaman asiático cortava a lingua a meio com uma lamina e voltava pouco depois a "re-colar" a metade separada, no seu frenesim hipnóntico, sempre sem qualquer corte ou montagem posterior na filmagem. Ver para acreditar, realmente. Infelizmente não me recordo do nome do documentário, mas se alguém conhece este ou outros casos semelhantes, solte a lingua e deixe aqui o seu testemunho...

terça-feira, março 27, 2007

Grandes Poortugueses Afinal

Eu já disse, que já disse o que tinha a dizer sobre esse concurso aqui e aqui.
Mas o meu pai, que até é algo reservado, disse-o qinda melhor - faça-se saber: ” Já não podem dizer que o Salazar nunca ganhou uma eleição a votos…”
É evidente que o resultado, relativisado a um Passatempo televisisvo, como deve de ser, mostra não só uma grande insatisfação dos Portugueses em geral com o (des)nível político e social, em Portugal, mas também uma grande dose de humor do povão.
Bem vistas as coisas, os dois primeiros classificados deviam ter sido desclassificados, pois ao contrário dos demais concorrentes, quer o 1º como o 2º colocados têm grupos organizados de apoiantes (vulgo: Partidos, etc.) que se mobilizaram para influênciar a votação... o que é extramente injusto para os mais egrégios "concorrentes". De qualquer forma, não foi a primeira vez que os votos foram pelo cano abaixo...

sábado, março 17, 2007

domingo, março 11, 2007

Flyer

Mes amigues do continante, nos falemos açoreaaano e english. Para más informaçons ?ex?itantes, check flyer.

sábado, fevereiro 17, 2007

Piece of Cake

Não é todos os dias que se cria um bolo - não a confecção, mas a decoração.
Tive a ideia de oferecer um bolo à minha dear Valentine, alusivo ao Dia dos Namorados; mas na pastelaria, uma das mais conceituadas da cidade, não tinham qualquer plano ou iniciativa programada, pelo que tive eu que avançar com uma ideia própria. Assim, uma vez que fazer um bolo em forma de um ou dois corações, era uma aventura demasiado arriscada (para o pasteleiro, presumo, segundo me foi dito), desenhei então numa folha de papel dois corações à lá ying/yang, ou se quiserem, à 69, porque quanto mais olho para o bolo, mais se me afiguram dois torsos, terminando em apetitosos glúteos...
Ficou um belo e sugestivo bolo, que convida à degustação romântica.
No fim, eu é que devia ter sido pago pela ideia, por ter aberto um novo nicho de mercado a explorar...

domingo, fevereiro 11, 2007

Um Passo de Cada vez

Regista-se a esta hora, a vitória do "Sim" no Referendo, e a incerteza do "Nim" que os Portugueses atribuem aos referendos... será que a questão era demasiado complexa? Os defensores do "Não" bem tentaram confundir os mais "distraídos", mas aparentemente, a culpa é do clima, que não grama nada ocasiões de referendum...

Quando colocados perante a possibilidade de se manifestarem directamente, sem terem ninguém a decidir por eles, ainda há muita gente que abdica desse direito, como por norma se vê quando as pessoas estão ausentes de intervir, não na política, mas contra os atentados aos seus direitos, contra os escândalos políticos e os desmandos financeiros, etc. - que amiúde passam incólumes, perante a passividade e a impavidez geral...

Ainda assim, contra a inércia, contra o "não" e contra o clima, deu-se mais um passo em direcção à modernidade, afastando o país mais um milimetro, do obscurantismo e tacanhez secular que o tem imobilizado.
Tal como esta marcha, que mais parecia uma greve, na 6a feira, que apesar de ser pelo "Sim", imobilizou a circulação numa das artérias mais movimentadas do Barreiro, mesmo frente à Câmara, e me fez duvidar da eficácia destas iniciativas, pois só perturbou o funcionamento nessa zona do centro da cidade, dificilmente ganhando adeptos. Onde é que está a chuva, quando é preciso?...